Angelina Jolie concede entrevista para a revista People


Por: Mary Green

Um ano após o pedido de divórcio de Brad Pitt, a estrela fala sobre sua nova vida, sobre o emocional filme First They Killed My Father e suas esperanças para seus filhos.

Ainda falta quase dois meses, mas Angelina Jolie está muito entusiasmada com o Dia das Bruxas. "Eu realmente vou entrar de cabeça nisso este ano", diz a atriz e diretora. "Eu vou fazer uma festa de Halloween bem louca, e ver se consigo movimentar esse bairro." Conforme ela se senta para sua primeiro entrevista com a People desde 2015, Jolie demonstra alegria ao falar sobre sua vida cotidiana ao lado dos seis filhos - Maddox, 16, Pax, 13, Zahara, 12, Shiloh, 11 e Knox e Vivienne, 9 -, mas também triste e emocional enquanto reflete sobre o quanto suas vidas mudaram desde o ano passado.

Em 19 de setembro de 2016, Jolie pediu o divórcio de Brad Pitt depois de 12 anos de relacionamento, após uma briga em um avião particular entre Pitt, 53 e Maddox. "Eu não trabalho há mais de um ano, principalmente, porque meus filhos precisavam de mim em casa", diz Jolie. Ela não falará sobre quaisquer detalhes do divórcio - ela e Pitt concordaram em janeiro que resolveriam o caso em particular, e as negociações estão em andamento. Mas é claro que as feridas da dolorosa separação ainda estão frescas, e os rumores de uma reconciliação são improváveis.


Agora a grande estrela de Hollywood está de volta aos holofotes com um projeto de paixão: First They Killed My Father, que ela dirigiu para Netflix (e estreou em 15 de setembro), é baseado nas memórias de sua amiga Loung Ung, uma sobrevivente do genocídio do Khmer Vermelho no Camboja, país onde nasceu seu primeiro filho, Maddox. Sua família também está pronta para embarcar em novas aventuras. "Nós precisamos sair e nos divertir juntos".


Como você descreveria o ano passado?

Eu tive meus altos e baixos. Acho que sou um pouco mais forte.

Quando você se sente pra baixo, triste ou irritada, o que motiva você a passar por isso?

Todos nós temos nossos momentos difíceis, mas, como mãe, você também tem responsabilidades para com seus filhos em primeiro lugar. Eles estão passando por seus anos de formação, e tudo o mais fica em segundo plano.

First They Killed My Father é uma história de sobrevivência e esperança. O que esse filme significa para você?

Se trata da resiliência do espírito humano. Muito do filme é sobre o Camboja e sobre o próprio país em si, o que é extraordinário. Ele mudou minha vida, e é uma maneira de agradecer a este país. Não quero que esse país olhe para o passado e se lembre dos momentos de horror que passaram. Eu queria que Maddox visse o quão extraordinário é o seu país.

Você visitou o Camboja pela primeira vez no ano 2000, para gravar Lara Croft: Tomb Raider. Você imediatamente se apaixonou pelo país?

Esse foi o primeiro filme a ser feito no país depois da guerra. Eu pensei: "Eu vou encontrar pessoas muito fechadas, sensíveis, possivelmente irritadas, porque passaram por tantas coisas". O que eu encontrei lá mudou minha perspectiva sobre o mundo. Eles não são ingênuos à dor, ao sofrimento e à tristeza, mas são um exemplo de pessoas com o desejo de seguir em frente, encontrar paz, luz e vida, e viver para a próxima geração.

Você adotou Maddox do Camboja em 2002. Você ficou surpresa quando ele encorajou você a transformar as memórias de Loung Ung em um filme?

Mad conhece a si mesmo muito bem, então quando ele disse que estava pronto para isso, eu soube que era a hora. Ele foi e voltou do Camboja muita vezes, mas dessa vez, teríamos que ficar por lá, durante quatro meses, lendo, ouvindo, aprendendo e absorvendo todas as coisas sobre sua cultura e seu país, incluindo as partes mais sombrias. Ele começou assistindo alguns documentários e também nos ajudou com o roteiro. Ele é bastante capaz e sempre me surpreende. Ele está fazendo aulas de voo, e outro dias me ligaram dizendo: "Mad já está conseguindo voar sozinho", eu quase deixei o telefone cair! Ele está tendo aulas de francês e russo e outras línguas diferentes. Eu já ouvi ele conversando totalmente em um francês fluente, e me disseram que ele alcançou um ótimo nível em alemão, e eu não tenho ideia sobre isso, porque ele não faz isso na minha frente. E quando ele o faz, de repente é bastante firme.

Como foi ser a chefe no set?

Tivemos uma relação de trabalho muito boa. Queríamos que o filme fosse feito do ponto de vista de uma criança, então falei com ele sobre o que ele entende e o que as crianças entendem. Pax também trabalhou [como um fotógrafo no set]. Mesmo quando ele machucou seu pé, ainda assim, ele estava lá com suas muletas e com sua câmera. Eles trabalharam muito bem!

Você também vem fazendo trabalho humanitário no Camboja há 14 anos. Quais são seus objetivos?

Temos uma fundação no nome de Maddox que opera em uma das áreas mais afetadas pela guerra. Ajudamos a comunidade local a proteger o ambiente da caça furtiva, exploração madeireira e no desmatamento. Fundamos escolas locais e clínicas de saúde e organizamos programas sobre a educação e capacitação das mulheres.

Houve uma alegria coletiva quando você anunciou que iria retornar para fazer Malévola 2. Você vai usar os próximos dois anos para voltar a atuar?

Tudo vai girar em torno das crianças. Eu não trabalho há mais de um ano porque eles precisavam de mim em casa. Então, dei uma pausa em tudo. Não tenho certeza absoluta de quando eles estarão prontos para o meu retorno ao trabalho. Eles gostam da ideia de eu fazer Malévola novamente, e provavelmente será no início do ano que vem, mas eu realmente tenho sentado e conversando com eles, porque tudo os afeta. Todos os locais, todos os tipos de projetos, eu vou ter que fazer ajustes em relação a como eles conseguiram suportar. Mas bem, eu acho que eles estão animados para viajar pelo mundo novamente e se aventurar. Se eles quiserem muitas aventuras novas, eu acho que vamos ter que sair e fazer isso juntos. Todos nós ficamos por muito tempo trancados em casa e passamos por algumas coisas, então eu acho que seria bom para todos nós.


Sua mãe, Marcheline, faleceu 10 anos atrás. Como você se sente e como você está sem a presença dela?

É muito, muito difícil tentar entender por que ela não está aqui, mas eu tento ser parecida com ela o máximo que eu posso. Eu tento imaginar o que ela faria e me ajusto, me espelho nela. Ela adorava ser mãe. Ela foi uma avó por alguns anos, e estava muito feliz. Ela ficaria loucamente feliz por não fazer nada além de colecionar coisa. Ela usava seu forno como estante de livros, algo que explica muito sobre minhas habilidades culinárias. Mas ela também tinha caixas cheias de pequenas embalagens para presentes, que iam do Dia dos Namorados até a Páscoa. Então quando eu dou presentes, sou ótima para embrulha-los. Essa era a minha mãe.

Existe alguma coisa que você faça, que seus filhos não acha legal?

Oh, muitas. Você não tem ideia. Nós temos em nossa casa, umas barras de flexão, também temos uma coisa para praticar Parkour e uma escada que acabei de construir. Eu sou a única que não pode fazer nada disso. Faz oito anos que fiz meu ultimo filme de ação, então meus filhos realmente não me conhecem assim. Eles me pedem para considerar fazer outro filme de ação, e eles se ofereceram para me treinar. Knox, o outro dia, disse: "Mãe, eu posso treiná-la. Eu posso ajudá-la a correr. Faça flexões. "Isso quase faz valer a pena, em voltar a fazer um filme de ação - só para que meus filhos possam treinar a mamãe!

Você disse que está melhorando suas habilidades na hora de cozinhar. Qual é a sua especialidade?

Eu não acho que eu tenha um prato especifico no qual sou boa. Eu ainda estou aprendendo o básico, como, "Ok, então você sabe escaldar isso? O que é branqueamento por escaldação? Por que isso é melhor? "Eu realmente estou tentando não queimar as coisas, porque sou muito impaciente. Eu faço as coisa e depois saio da cozinha. Eu tenho que carregar comigo aqueles temporizadores, porque eu não vou ficar quieta esperando.

Você travou algumas batalhas em relação a sua saúde, incluindo uma mastectomia dupla e remoção dos ovário para prevenir o câncer, e você revelou recentemente que teve paralisia facial devido a um caso muito comum de paralisia de Bell. Sua saúde está boa agora?

Até agora, sim. Não tenho nada no momento.

Do que você mais se orgulha?

Estou muito orgulhosa dos meus filhos. Eles são indivíduos muito distintos, únicos, com fortes opiniões, também são pessoas empáticas e muito brincalhões. Eles realmente são meus melhores amigos, e eu aprendo muito com eles todos os dias. Quando você é mãe, você começa a pensar, que esse é seu ponto de virada. Ainda não estou completamente pronta. Estou indo lentamente, mas você começa a ver que eles são melhores do que você nas coisas, ou que suas mentes vão além da sua. Se eu não tivesse feito nada na vida além de ser mãe deles, eu já estaria feliz.


Maddox fala sobre como é trabalhar com sua mãe!

No set de gravações do longa First They Killed My Father, Maddox organizou reuniões, preparou as filmagens e ajudou a revisar os diários. "Eu basicamente tentei ajudar onde eu pude", diz ele à People. O adolescente contou que ama mais o Camboja por causa das pessoas. "Eles são tranquilos, relaxados, e quando eles querem fazer algo selvagem, eles fazem, são muito parecidos comigo. Tenho orgulho de ser um cambojano". Sua famosa mamãe também foi divertida, engraçada e fácil de trabalhar, disse Maddox. "Ela é maravilhosa".

Loung Ung, autora de First They Killed My Father, também é ativista dos direitos humanos, e se tornou amiga de Jolie em 2001, ela desempenhou um papel importante na hora de Jolie decidir adotar Maddox quando ele tinha 7 meses de idade.

"Eu perguntei a ela, como ela se sentiria como órfã, se eu adotasse um bebê cambojano, e ela foi tão solidária e esteve na vida de Maddox desde que ele era um bebê", diz Jolie. Ung acrescenta: "Tudo o que eu vi, foi o quão grande era o coração, a generosidade e a gentileza dela".

Comentários

Unknown disse…
Desabafadamenre falando, sei sabemos que é o tempo , ah se puder falar em particular, para todos os interesses este que é amigo torna-se inimigo incompreensivel ou e ou não é que a Amazônia precisa de um exército forte intetnacipnaltantos outros temas mas confortame minhas percepções que o mundo tá ao ou a colapsar então é só esperanças....